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13 de fevereiro de 2011

Ronaldo

Ronaldo confirma o fim de sua carreira
Fenômeno admite ao Fantástico que é hora de parar. A jornal, diz: 'Não aguento mais'

Ronaldo Corinthians x Tolima (Foto: Reuters)Contra o Deportivo Tolima, no dia 2 de fevereiro, a última partida de Ronaldo como jogador profissional
(Foto: Reuters)
Nos últimos dias chorei como um neném"
Ronaldo
Decepcionado com a eliminação do Corinthians na Taça Libertadores, Ronaldo vai parar. Aos 34 anos, o atacante confirmou ao Fantástico, neste domingo, que vai abandonar o futebol. O anúncio será feito oficialmente às 12h40m desta segunda-feira, no centro de treinamento do Corinthians.
- Nos últimos dias chorei como um neném - disse Ronaldo à jornalista Patrícia Poeta, do "Fantástico".
Com contrato até o fim do ano, o Fenômeno antecipou o adeus por dois motivos: 1) a Libertadores da América, que era a sua grande motivação para a última temporada, acabou antes mesmo de começar com a eliminação precoce do Corinthians ainda na primeira fase – a chamada Pré-Libertadores; 2) as condições físicas de Ronaldo já não são as melhores e ele teria sofrido uma lesão na semana passada.
- São as dores no corpo. A cabeça até quer continuar, mas o corpo não aguenta mais - completou o Fenômeno.
No último sábado, o colunista Renato Maurício Prado, do jornal “O Globo”, já cogitava o fim da carreira do atacante ao escrever que faltava apenas um acerto entre o jogador e o presidente Andrés Sanches para resolver questões de acordos comerciais. Quando foi contratado, no fim de 2008, Ronaldo  trouxe com ele muitos patrocinadores – e muito dinheiro – ao Parque São Jorge.
São as dores no corpo. A cabeça até quer continuar, mas o corpo não aguenta mais"
Ronaldo
A decisão de que iria pendurar as chuteiras ganhou força após a derrota para o Deportivo Tolima, no dia 2 de fevereiro, na cidade colombiana de Ibagué. O resultado, associado ao empate de 0 a 0 no primeiro jogo no Pacaembu, eliminou o Corinthians da possibilidade de conquistar o seu maior objeto de desejo: a Libertadores, único título que falta na galeria corintiana.
No retorno ao Brasil, o elenco do Timão sofreu com o protesto violento de parte da torcida. Torcedores foram à porta do CT xingar os jogadores, atirar pedras no ônibus e até para depredar carros de funcionários do clube. Ronaldo, como maior liderança da equipe, também foi o mais visado. Faixas pediam a sua saída e os muros do Parque São Jorge foram pichados com frases de ordem contra o atacante. Pelo Twitter, ele respondeu chamando os manifestantes de “vândalos”. Na ocasião, em entrevista exclusiva à TV Globo, Ronaldo disse que chegou a cogitar parar de jogar, mas que iria continuar.
- Cogitei (parar), falei com a minha família e com alguns amigos e tomei a decisão de continuar porque é um momento difícil, mas tenho certeza que vamos dar a volta por cima mais uma vez para reverter esse quadro triste que estamos vivendo. Vou continuar e cumprir meu contrato dignamente e honrar a camisa do Corinthians até o final do ano.
Mas Ronaldo mudou de ideia.
corinthians ronaldo protesto torcida (Foto: Marcos Ribolli/ GLOBOESPORTE.COM)Ronaldo no dia em que foi alvo de protesto dos torcedores do Corinthians após a derrota na Libertadores (Foto: Marcos Ribolli/ GLOBOESPORTE.COM)
Neste meio tempo, Roberto Carlos, amigo pessoal do Fenômeno, também deixou o Corinthians, ao rescindir com o Timão e assinar com o Anzhi Makhachkala, da Rússia. O lateral conseguiu um contrato de R$ 22 milhões por duas temporadas. Mas, além do dinheiro, Roberto usou como argumento a pressão que vinha sofrendo de torcedores. Segundo ele, alguns corintianos chegaram a perseguir seu carro e o ameaçá-lo.
Na última semana, Ronaldo também sentiu uma fisgada muscular durante um treinamento. Já com 34 anos de idade, ele sabe que não tem mais o poder de recuperação que tinha quando era mais novo e que o fez protagonizar diversos casos de superação, principalmente nas quatro vezes que precisou ser submetido a cirurgias.
A coletiva desta segunda-feira servirá para Ronaldo se despedir dos corintianos e dos brasileiros, mas também para esclarecer alguns pontos. Como muitos contratos publicitários do clube estão atrelados a ele, é possível que siga, de alguma forma, ligado ao Timão.
Será o último dia da carreira vitoriosa de um dos maiores jogadores da história do futebol brasileiro. Para ser Fenômeno, ele jogou quatro Copas do Mundo e ganhou duas, foi três vezes eleito o melhor do planeta e tem o nome escrito no livro dos recordes como o maior goleador das Copas.

Carlos Alberto: 'Grande não pode ter essa história de perder na hora certa'



O meia Carlos Alberto estreou pelo Grêmio neste domingo, na derrota para o Novo Hamburgo por 2 a 0. Apesar da derrota, o Tricolor já havia assegurado a melhor campanha da fase classificatória do primeiro turno do Gauchão. Questionado se o time perdeu quando poderia, o jogador foi direto:
- O objetivo principal, que era a vitória, não conseguimos. Time grande não pode ter essa história de perder na hora certa. A gente pensa sempre na vitória, mas no meio do caminho acontecem algumas intervenções desse tipo.
O volante Adilson lamentou os três pontos perdidos, mas lembrou que o time já havia garantido a primeira posição:
- O objetivo principal já tínhamos conseguido, mas claro que queríamos os três pontos hoje. Agora temos tempo para descansar e arrumar tudo que erramos aqui.

Portunhol


'Portunhol' é o idioma da integração de Escudero no grupo do Grêmio.


Escudero, reforço apresentado pelo Grêmio (Foto: Eduardo Cecconi / Globoesporte.com)Escudero é o único estrangeiro do grupo tricolor
(Foto: Eduardo Cecconi / Globoesporte.com)
Nem português, nem espanhol. Os jogadores do Grêmio esforçam-se em deixar o meia argentino Damián Escudero à vontade com um dialeto característico das regiões fronteiriças do Rio Grande do Sul: o portunhol. Embora conte com neologismos, e às vezes torne-se até mais incompreensível que o próprio idioma local, os gremistas tentam se comunicar da melhor maneira possível com o recém chegado.
Escudero é o único estrangeiro do grupo tricolor, que em 2010 também não contara com jogadores de fora do país. Naturalmente tímido, o argentino fala pouco. Mas os jogadores não desistirão de integrá-lo às brincadeiras.
Segundo o lateral-esquerdo Lúcio, o mais entusiasmado com o portunhol vigente no vestiário é o zagueiro Paulão.
- A gente falando rápido com ele não se entende, e eu falei a mesma coisa pra ele, quando o Escudero vem com o espanhol rápido também não entendo. Mas a linguagem da bola não tem segredo. Aos poucos vamos forçando o espanhol, e no contexto vira uma brincadeira. O Paulão é o que mais arrisca, um horror, ele vai até ficar brabo que eu contei - brincou.
Lúcio reforça, entretanto, que é preciso se entender prioritariamente na "linguagem da bola". Em campo tudo se resolve, qualquer que seja o idioma.
- A gente está se aproximando, no pouco contato que tive com ele, até pela dificuldade do idioma, a gente fala sobre a movimentação. Eu disse para ele que não sou meia, estou de volante mas sou lateral. Ele até brincou. Se levarmos isso para dentro de campo só tem a acrescentar

MUNDO DA LUA


Para Renato, Grêmio perdeu por estar com a cabeça na Libertadores.


Renato não gostou nada do que viu em campo na tarde deste domingo, no estádio do Vale. Mesmo afirmando que entende o fato de os jogadores estarem com a cabeça na Libertadores, o treinador criticou a postura da equipe do Grêmio diante do Novo Hamburgo na derrota por 2 a 0 pela última rodada da fase de grupos do primeiro turno do Gauchão e admitiu que a derrota foi merecida.
- Jogamos muito mal. Fica difícil estar perto de uma estreia de Libertadores, a cabeça fica do outro lado. Por isso defendo uma equipe em cada campeonato. Infelizmente a gente viu o time mal hoje, mas não é que esteja tudo errado. É que fica difícil, foi praticamente 80% da equipe que vai jogar quinta (contra o Oriente Petrolero-BOL) — avaliou o técnico.
A leitura de jogo do treinador foi que o Grêmio "entrou em campo para passear".
- No momento em que se entra em campo com a cabeça em outro lugar, pode ter certeza que não vai acrescentar.
Apesar de não ter aprovado a atuação do time tricolor, Renato encontrou espaço para elogiar alguns jogadores.
- Os jogadores eu conheço todos, e muito bem. Do jogo de hoje eu não posso tirar nada, só o que não pode acontecer quinta. Os dois jogadores que jogaram bem foram o Adilson e o Carlos Alberto, que teve altos e baixos, mas estava muito tempo sem jogar. A equipe esteve bem abaixo do que eu espero.
O resultado de 2 a 0 do Novo Hamburgo sobre o Grêmio não foi suficiente para tirar a liderança tricolor no Grupo 2. Nas quartas de final, vai jogar em casa, contra o Ypiranga. Por isso, Renato tenta aliviar o clima.
— Merecemos ter perdido, mas isso não quer dizer que está tudo errado. Antes do jogo, éramos os únicos invictos, estávamos há 15 jogos sem perder. Perdemos na hora de poder perder — ponderou.
Para a estreia na fase de grupos da Libertadores, na próxima quinta, Renato tem a tarefa de substituir três nomes na lista de relacionados em relação à fase eliminatória, e ainda precisa reformular o time que vai a campo com os reforços que chegaram.
— Para quinta tenho bastante tempo para pensar — desconversou.

Novo Hamburgo x Grêmio


Novo Hamburgo estraga a estreia de Carlos Alberto no Grêmio: 2 a 0.



Tricolor perde na estreia de Carlos Alberto (Ag. Estado)
A torcida do Grêmio esperava um domingo de festa. Já classificado para a próxima fase do primeiro turno do Gaúchão, era o dia da estreia de Carlos Alberto com a camisa tricolor. Mas faltou combinar com o Novo Hamburgo, que venceu por 2 a 0, encerrando uma invencibilidade de 15 jogos da equipe de Renato Gaúcho.
Com o resultado, o Grêmio enfrentará o Ypiranga nas quartas de final da Taça Piratini - primeiro turno da competição. O Novo Hamburgo , em quinto, não se classificou.
Começo animador
Havia a hipótese de o argentino Escudero também entrar em campo, mas o técnico Renato Gaúcho achou que ainda não era o momento ideal. Carlos Alberto tinha toda a responsabilidade de levar o time ao ataque.  E não decepcionou no início.
O meia começou empolgando a torcida logo na primeira jogada. Arriscou uma finalização de longe no primeiro minuto, mostrando personalidade. Aos cinco, cobrou uma falta por cima do travessão. O melhor momento do estreante surgiu aos 41. Em contra-ataque,  Carlos Alberto partiu do campo defensivo, passou por dois marcadores e esticou na medida para Borges. O atacante tentou o drible e finalizou um pouco sem ângulo, facilitando o trabalho do goleiro Eduardo Martini.
Pane no início do segundo tempo
No segundo tempo, porém, Carlos Alberto se apagou. E o cenário favorável ao Grêmio desapareceu em poucos  instantes. Paulão deu um encontrão em Fabinho na área e o juiz marcou pênalti. O zagueiro Cláudio Luiz cobrou e abriu o placar, aos 12.
Renato Gaúcho trocou William Magrão por Diego Clementino, mas não houve tempo para a alteração dar resultado. Três minutos depois, Márcio Hahn chutou de fora da área. Victor deu rebote e Rodrigo Mendes estava lá para concluir: 2 a 0.
Renato fez nova tentativa de deixar o time mais ofensivo. Tirou Rafael Marques e colocou Maylson, deslocando Mário Fernandes para a zaga. E por pouco Maylson não começou a reação: o reserva fez uma boa jogada, chutou, mas Eduardo Martini salvou. No rebote, Clementino jogou para fora.
No fim Eduardo Martini ainda fez outras duas boas defesas, em chutes de Borges e André Lima. Foi o quinto jogo seguido do goleiro sem levar um gol.
Os demais resultados deste domingo foram:
Inter 3 x 2 Pelotas
Caxias 1 x 0 Porto Alegre
São José 5 x 0 Santa Cruz
São Luiz 1 x 2 Cruzeiro
Ypiranga 4 x 2 Veranópolis
Canoas 2 x 2 Inter de Santa Maria
Lajeadense 0 x 0 Juventude

8 de fevereiro de 2011

Sistema tático

Com os reforços, Grêmio pode sofrer variações


Na contabilidade gremista, a janela de transferências custou a perda do
atacante Jonas para o Valencia, mas rendeu contratações: chegaram o zagueiro
Rodolfo e os meias Vinícius Pacheco, Carlos Alberto e Escudero. Principalmente
após as contratações dos últimos dois reforços listados, Renato Gaúcho passou a
cogitar alterações no sistema tático tricolor.


Desde 28 de outubro do ano passado o Grêmio está invicto. São 14 jogos, com
dez vitórias e quatro empates, sempre utilizando-se do 4-4-2 com meio-campo em
losango. Estrutura que pode mudar a partir do aproveitamento de Carlos Alberto e
Escudero, meias ofensivos que também podem atuar no ataque, embora com
características diferentes na comparação com Jonas.


- Nenhum deles sabe jogar de costas para o adversário. O Jonas sabe. São
características diferentes. O Carlos Alberto e o Escudero fazem o segundo
atacante, mas diferente, é vindo detrás. Não conseguem jogar de costas para o
adversário. Fazem o segundo atacante, mas não fazem o pivô como o Borges e o
André Lima, e como o Jonas fazia - explicou Renato, no final da manhã desta
terça-feira.


Sem Jonas, e com os reforços, na Taça Libertadores o Grêmio deve mudar. Tudo
depende, é claro, dos desempenhos de Carlos Alberto e Escudero no treino,
justificando suas escalações. A partir desta premissa, ambos podem levar o
Grêmio a um 4-4-2 com outro modelo no meio-campo, ou até a um 4-2-3-1. Outra
circunstância levada em consideração é o local da partida.


- Veremos as possibilidades, podem jogar dois ali no meio, ou três ali no
meio. Nós temos o nosso sistema, nossa maneira, mas mudar não terá problema
algum. Mas os jogadores terão de me provar que é preciso mudar. Se eles
provarem, não importa quem vai jogar no ataque ou no meio, e como será. Temos
muitos jogadores de qualidade, infelizmente todo mundo não poderá jogar. Vai
jogar quem estiver melhor. Quem vai me dar a resposta são eles, mostrando quem
deve jogar, aproveitando as oportunidades - afirmou, para completar:


- Tudo é possível. Nos treinos eles precisam provar que podem jogar juntos.
Vamos ver as condições físicas e técnicas deles, para saber quanto tempo eles
poderão aguentar o jogo. Vamos ver a importância do jogo, contra quem, aonde, a
necessidade. Essas coisas todas vamos pesar. De repente podemos ter um esquema
dentro de casa, outra equipe fora de casa. Tudo pode acontecer. Mas quem vai me
dar a resposta serão os jogadores.


Ofensivo em suas convicções táticas, Renato admite que essa variação tática -
principalmente com o uso de três meias, deixando André Lima ou Borges no ataque
- pode obedecer a uma cautela maior em jogos fora de casa pela Taça
Libertadores.


- Você não pode se expor em uma Libertadores. Vocês sabem que eu gosto de
jogar para frente. Mas tem horas e tem horas para isso. Isso não quer dizer que
não vamos manter a forma de jogar que vínhamos utilizando. Temos muitos
jogadores de qualidade e alguns ficarão de fora. Em primeiro lugar, para eu
mexer no esquema de jogo, todos precisam estar bem - concluiu.

Carlos Alberto e Escudero apresentados no Grêmio (Foto: Divulgação / Site Oficial do Grêmio)

'Rumo ao Interior'

Renato Gaúcho declara-se 'I Love You, Grêmio'


Garoto-propaganda da nova campanha de marketing do Grêmio, Renato Gaúcho é o
maior ídolo da centenária história do clube. Em todas as peças publicitárias é o
treinador quem aparece, de camisa tricolor e a característica meia arriada sem
caneleiras.

reprodução cartaz anuncio publicitário grêmio  (Foto: Divulgação)Renato Gaúcho está à frente das peças publicitárias
do Grêmio (Foto: Divulgação)

A simples presença de Renato em qualquer lugar mobiliza os gremistas. É assim
nos corriqueiros treinos e jogos em Porto Alegre, e principalmente nas incursões
ao interior do Rio Grande do Sul. Quem torce pelo Grêmio o idolatra, quer vê-lo
de perto, quem sabe registrar o momento em fotos, ou com autógrafos. Renato
Gaúcho não consegue viver como uma pessoa normal desde que retornou ao Grêmio,
em agosto do ano passado.

Às 15h desta terça ele embarca a Ijuí, na região Noroeste, para comandar a
equipe reserva em partida contra o São Luiz, pelo Estadual. A viagem foi
confirmada após conversa com a diretoria, mesmo que Renato prefira não trabalhar
nas partidas no interior.


É pelo amor ao clube. Cedi minha imagem para essa campanha, que
terá em breve também comerciais na tevê. É um dos motivos para ir a Ijuí, pedido
pela diretoria. I love you, Grêmio"

Renato Gaúcho, técnico do Grêmio

Segundo o treinador, há grande desgaste e a prioridade é a preparação para a
Taça Libertadores. Em cada jogo, dirigentes e treinador definirão se ele precisa
ou não participar presencialmente. Ainda assim, buscando a primeira colocação -
o que renderá vantagens no mata-mata da Taça Piratini - Renato acompanha os
jogadores em Ijuí. Mas ele sabe que vai se deparar com imenso assédio da
comunidade local.

- Cada jogo será uma novela. Vamos sempre conversar com a diretoria. Não é
que eu não queira ir para o interior, o desgaste é que é muito grande. Vai
começar a Libertadores, com viagens longas. Agora o objetivo é conquistar o
primeiro lugar, por isso estou viajando, para buscarmos essa vantagem. O difícil
vai ser trabalhar no interior. Por isso eu chego agora e fico dentro do quarto
do hotel, só saio na hora do jogo - afirmou.

Além da ambicionada primeira colocação, Renato também viaja - a pedido da
diretoria - para reforçar na região de Ijuí a nova campanha de associações do
clube. Entrará em campo o bem-humorado garoto-propaganda tricolor:

- É pelo amor ao clube. Cedi minha imagem para essa campanha, que terá em
breve também comerciais na tevê. É um dos motivos para ir a Ijuí, pedido pela
diretoria. I love you, Grêmio.

Sobre o time, entretanto, Renato não dá qualquer pista. A escalação segue em
sigilo.

- Perguntar vocês podem, mas saberão a escalação faltando 45 minutos para o
jogo. Há razão para o mistério, sim. Não dar armas ao adversário - justificou,
para completar:

- Nós precisamos melhorar. Mas estamos trabalhando. Tivemos a pré-temporada,
a covardia da sequência de jogos, os jogadores ainda chegando. A maior
dificuldade foi essa, voltar das férias com pouco tempo para se preparar.
Principalmente o Grêmio, que tinha uma pré-Libertadores, essa foi uma
desvantagem. Nosso tempo foi mais curto ainda. Mas com pouco tempo procuramos
trocar ideias, colocar uma equipe aqui, outra ali. Até então deu certo. Agora as
coisas começam a afunilar, a pressão vai aumentar, e cada partida passa a ser
uma decisão.

Jonas

Em comunicado oficial, Jonas diz que 'Leva o Grêmio no coração'

No Estádio Olímpico, pelos gols marcados e pela dedicação à camisa tricolor,
Jonas recebeu dos gremistas o apelido de 'Mestre' - inspirado nas narrações de
Marco Antônio Pereira, da Rádio Gaúcha. Mas esta relação de carinho e amor
abalou-se na noite de 21 de janeiro deste ano, quando Jonas exasperou-se com
vaias e, ao marcar um gol sobre o São José-Poa, correu em direção à torcida
gesticulando e proferindo palavrões.

Jonas é apresentado no Valencia (Foto: EFE)Jonas agora defende o Valencia, da Espanha (Foto:
EFE)

Na manhã desta terça-feira, no site
de sua assessoria de imprensa
, o agora atacante do Valencia
publicou um comunicado explicando os pormenores da saída do clube gaúcho. Jonas
não se desculpou pela reação dirigida aos torcedores que o vaiavam naquela
partida, mas admitiu que se comportou de maneira inadequada no episódio.

- É por ter essa relação muito boa que lamento o fato ocorrido na partida
contra o São José. Não posso negar que, mesmo sabendo que vaiar o time é direito
de qualquer torcedor, acabei ficando muito chateado com as vaias direcionadas a
mim e aos meus companheiros, ainda que tenham partido de uma minoria no estádio.
Afinal, estávamos em início de temporada. Apesar de não concordar com a atitude
de alguns, tenho consciência de que a minha reação não se justifica e não deve
servir de exemplo. A relação torcida-equipe deve ser sempre a melhor possível.
Como ser humano falível, acabei extravasando de maneira inadequada. Aproveito
para deixar bem claro que o episódio não teve influência alguma na decisão de
aceitar a proposta do Valencia, que, repito, naquele momento não estava nos
nossos planos - escreveu Jonas.

Jonas disse ainda que tentou permanecer no Grêmio até o final da Taça
Libertadores, mas a proposta não foi aceita pelos dirigentes do Valencia. Ele
reiterou a realização do sonho de jogar na Europa, aos 27 anos. Ao comemorar a
inscrição do próprio nome na história do clube gaúcho, Jonas garantiu carregar
no coração o Grêmio, por ele chamado - em letras maiúsculas - de Imortal
Tricolor Gaúcho:

- Diante de tudo o que foi sinceramente comentado, gostaria de agradecer a
todos aqueles com quem acabei construindo relações profissionais e pessoais
durante os três anos e meio em que estive vinculado ao IMORTAL TRICOLOR GAÚCHO,
como a toda “família gremista”, aos profissionais do clube, ao Dr. Edson,
presidente do Lar Santo Antonio dos Excepcionais, instituição beneficente que eu
e meus pais tivemos enorme prazer de visitar e auxiliar constantemente. Enfim, a
todos, os meus sinceros e eternos agradecimentos. Sempre vou levar o Grêmio no
meu coração.
Libertadores ajuda Grêmio a fechar negociações com sucesso

Dois recentes reforços do Grêmio admitiram que a vaga tricolor na Taça
Libertadores 2011 pesou na escolha. Carlos Alberto e Damián Escudero aceitaram
as propostas gremistas pensando também na disputa da maior competição de clubes
de futebol das Américas.


Carlos Alberto lembrou, entretanto, que o Cruzeiro concorreu pela sua
contratação. E os mineiros estão na Libertadores, da mesma forma. Daí em diante,
a decisão se baseou em outros fatores - entre eles, reencontrar Renato Gaúcho,
técnico que o lançou no Fluminense em 2002.


- O projeto oferecido pelo Grêmio me encantou mais, sempre tive vontade de
jogar no Sul - afirmou Carlos Alberto.


Escudero, emprestado pelo Boca Juniors ao clube gaúcho, baseou-se no mesmo
parâmetro: a Libertadores é um adicional importante.


- Quando soube que o Grêmio estava interessado em contar comigo, a
classificação para a Libertadores foi um fato extra para querer vir -
explicou.


O Grêmio passou pelo Liverpool-URU na pré-Libertadores, e classificou-se ao
Grupo 2, onde estão Oriente Petrolero-BOL, León de Huánuco-PER,  e Junior
Barranquilla-COL. A estreia será dia 17 de fevereiro, contra os bolivianos, em
Porto Alegre.

chamada Carrossel Grêmio x Liverpool-URU (Foto: EFE)

Tímido

Gremista Escudero, não teme adaptação ao Futebol Brasileiro

Quando Damián Escudero fala, é preciso aumentar o volume do sistema de som da
sala de conferências do Estádio Olímpico. Tímido, o meia argentino foi
apresentado nesta tarde de segunda-feira pelo Grêmio mostrando-se pouco à
vontade com a concorrida entrevista coletiva.


Com 23 anos, o jogador chega do Boca Juniors por empréstimo de um ano. Ainda
precisa regularizar documentos - o principal é a criação de um CPF - para obter
a liberação. Enquanto aguarda vai treinar com o grupo principal buscando
adaptação ao futebol brasileiro.


Sem citar nomes, Escudero lembra que no país há vários conterrâneos em boa
fase, o que demonstra a facilidade de adaptação:


- Todos os argentinos que chegaram se adaptaram muito rápido ao Brasil,
acredito que não haverá problema para mim no Grêmio.


No Boca Juniors, Escudero foi pouco aproveitado. O jogador acredita que não
se estabeleceu no time titular exatamente pela falta de maior sequência:


- Não tive muita continuidade no Boca, agora tenho essa oportunidade, estou
bastante contente.


Frases curtas, voz baixa e à distância do microfone, Escudero estava tão
desconfortável com a entrevista coletiva que se esqueceu de ir embora. O vice de
futebol Antônio Vicente Martins chamou de volta ao vestiário o argentino e o
meia Carlos Alberto, também apresentado nesta segunda pelo Grêmio, encerrado o
evento de apresentação.


Carlos Alberto levantou-se e deixou a sala, mas Escudero permaneceu sentado,
olhando para os lados. O brasileiro voltou e gritou.


- Ei, Pichi, vai ficar aí mesmo? - perguntou, referindo-se ao apelido de
Escudero, conhecido na Argentina como "Pichi".


Só então Escudero percebeu que estava sozinho na mesa. Sob os risos dos
repórteres, foi acolhido pelo novo companheiro, e ingressou no
vestiário.

Escudero, reforço apresentado pelo Grêmio (Foto: Eduardo Cecconi / Globoesporte.com)