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8 de fevereiro de 2011

Tímido

Gremista Escudero, não teme adaptação ao Futebol Brasileiro

Quando Damián Escudero fala, é preciso aumentar o volume do sistema de som da
sala de conferências do Estádio Olímpico. Tímido, o meia argentino foi
apresentado nesta tarde de segunda-feira pelo Grêmio mostrando-se pouco à
vontade com a concorrida entrevista coletiva.


Com 23 anos, o jogador chega do Boca Juniors por empréstimo de um ano. Ainda
precisa regularizar documentos - o principal é a criação de um CPF - para obter
a liberação. Enquanto aguarda vai treinar com o grupo principal buscando
adaptação ao futebol brasileiro.


Sem citar nomes, Escudero lembra que no país há vários conterrâneos em boa
fase, o que demonstra a facilidade de adaptação:


- Todos os argentinos que chegaram se adaptaram muito rápido ao Brasil,
acredito que não haverá problema para mim no Grêmio.


No Boca Juniors, Escudero foi pouco aproveitado. O jogador acredita que não
se estabeleceu no time titular exatamente pela falta de maior sequência:


- Não tive muita continuidade no Boca, agora tenho essa oportunidade, estou
bastante contente.


Frases curtas, voz baixa e à distância do microfone, Escudero estava tão
desconfortável com a entrevista coletiva que se esqueceu de ir embora. O vice de
futebol Antônio Vicente Martins chamou de volta ao vestiário o argentino e o
meia Carlos Alberto, também apresentado nesta segunda pelo Grêmio, encerrado o
evento de apresentação.


Carlos Alberto levantou-se e deixou a sala, mas Escudero permaneceu sentado,
olhando para os lados. O brasileiro voltou e gritou.


- Ei, Pichi, vai ficar aí mesmo? - perguntou, referindo-se ao apelido de
Escudero, conhecido na Argentina como "Pichi".


Só então Escudero percebeu que estava sozinho na mesa. Sob os risos dos
repórteres, foi acolhido pelo novo companheiro, e ingressou no
vestiário.

Escudero, reforço apresentado pelo Grêmio (Foto: Eduardo Cecconi / Globoesporte.com)

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