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3 de fevereiro de 2011

'O fator Renato'


Ninguém poderia esperar que o tímido Liverpool-URU abrisse o placar em pleno Olímpico Monumental lotado ainda no primeiro tempo.
Contrariando a cartilha dos técnicos, que manda quase sempre fazer substituições só no segundo tempo, Renato Portaluppi não titubeou: sacou Adílson e pôs em campo Vinícius Pacheco.
Em cinco minutos, veio o empate. O jogo foi ganho na hora em que o técnico agiu.
Renato Portaluppi já provou no campeonato brasileiro do ano passado que se tornou um técnico diferente e melhor. Não é mais um daqueles que usa o time para fazer experiências. Mas também não é dessa turma de “professores” de fórmulas feitas.
Renato Portaluppi se tornou no Grêmio um técnico criativo.
Por trás desse amadurecimento, está um novo casamento do ídolo com o seu time.
Como jogador, Renato chegou ao ápice sendo o herói imortal de Tóquio em 1983, trazendo para o Rio Grande o primeiro título mundial dos gaúchos.
Como técnico, ele está fazendo o que poucos conseguiriam. Me arrisco a dizer que nem Felipão conseguiu contagiar seus jogadores como Renato Portaluppi está fazendo.
Cada jogador que chega ao Grêmio é mergulhado por Renato numa espécie de “pia batismal” que os transforma em “imortais”, um conceito que só os gremistas conhecem em toda a sua extensão.
O zagueiro Rodolfo já dava mostras disso antes mesmo de chegar a Porto Alegre. Pelo Twitter, não cansava de repetir que não via a hora de se tornar mais um “imortal”.
É essa qualidade de Renato Portaluppi, nascida da mistura do ídolo com o técnico, que está fazendo com que ele consiga forjar um time que não busca só a vitória.
Quem joga no Grêmio quer a vitória e a América.
Pela terceira vez.

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