Na contabilidade gremista, a janela de transferências custou a perda do
atacante Jonas para o Valencia, mas rendeu contratações: chegaram o zagueiro
Rodolfo e os meias Vinícius Pacheco, Carlos Alberto e Escudero. Principalmente
após as contratações dos últimos dois reforços listados, Renato Gaúcho passou a
cogitar alterações no sistema tático tricolor.
Desde 28 de outubro do ano passado o Grêmio está invicto. São 14 jogos, com
dez vitórias e quatro empates, sempre utilizando-se do 4-4-2 com meio-campo em
losango. Estrutura que pode mudar a partir do aproveitamento de Carlos Alberto e
Escudero, meias ofensivos que também podem atuar no ataque, embora com
características diferentes na comparação com Jonas.
- Nenhum deles sabe jogar de costas para o adversário. O Jonas sabe. São
características diferentes. O Carlos Alberto e o Escudero fazem o segundo
atacante, mas diferente, é vindo detrás. Não conseguem jogar de costas para o
adversário. Fazem o segundo atacante, mas não fazem o pivô como o Borges e o
André Lima, e como o Jonas fazia - explicou Renato, no final da manhã desta
terça-feira.
Sem Jonas, e com os reforços, na Taça Libertadores o Grêmio deve mudar. Tudo
depende, é claro, dos desempenhos de Carlos Alberto e Escudero no treino,
justificando suas escalações. A partir desta premissa, ambos podem levar o
Grêmio a um 4-4-2 com outro modelo no meio-campo, ou até a um 4-2-3-1. Outra
circunstância levada em consideração é o local da partida.
- Veremos as possibilidades, podem jogar dois ali no meio, ou três ali no
meio. Nós temos o nosso sistema, nossa maneira, mas mudar não terá problema
algum. Mas os jogadores terão de me provar que é preciso mudar. Se eles
provarem, não importa quem vai jogar no ataque ou no meio, e como será. Temos
muitos jogadores de qualidade, infelizmente todo mundo não poderá jogar. Vai
jogar quem estiver melhor. Quem vai me dar a resposta são eles, mostrando quem
deve jogar, aproveitando as oportunidades - afirmou, para completar:
- Tudo é possível. Nos treinos eles precisam provar que podem jogar juntos.
Vamos ver as condições físicas e técnicas deles, para saber quanto tempo eles
poderão aguentar o jogo. Vamos ver a importância do jogo, contra quem, aonde, a
necessidade. Essas coisas todas vamos pesar. De repente podemos ter um esquema
dentro de casa, outra equipe fora de casa. Tudo pode acontecer. Mas quem vai me
dar a resposta serão os jogadores.
Ofensivo em suas convicções táticas, Renato admite que essa variação tática -
principalmente com o uso de três meias, deixando André Lima ou Borges no ataque
- pode obedecer a uma cautela maior em jogos fora de casa pela Taça
Libertadores.
- Você não pode se expor em uma Libertadores. Vocês sabem que eu gosto de
jogar para frente. Mas tem horas e tem horas para isso. Isso não quer dizer que
não vamos manter a forma de jogar que vínhamos utilizando. Temos muitos
jogadores de qualidade e alguns ficarão de fora. Em primeiro lugar, para eu
mexer no esquema de jogo, todos precisam estar bem - concluiu.
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